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STATEMENT

Faz-se necessário olhar primeiro sua natureza interior, para se tornar capaz de enxergar e perceber a macro natureza.

​                                                      Bené Fonteles​

Nascida entre as montanhas de Minas Gerais, descalça sob o sol, corria, galopava e nadava nas correntezas dos rios.

 

Tal força e tal energia impregnaram em meu ser, e, hoje, manifestam-se no meu fazer artístico como poderosas ferramentas a comandarem minhas escolhas e meu estilo.

 

Estabeleceu-se um elo profundo de arte com o meio ambiente, rótulo indissociável de minha identidade.

 

Antecedendo-me a toda problemática atual da humanidade, das emergências climáticas e da exploração do planeta, já me antevia, desde o início de minha trajetória artística, mergulhada nesse universo de sustentabilidade e de ressignificação.

 

Através do garimpo dos descartes de fragmentos minerais e vegetais, utilizando pigmentos naturais, materializo a emoção e a alegria, conferindo vida e realismo às minhas obras, estabelecendo um profundo pertencimento à natureza.

 

Trata-se de uma vivência imersiva da arte, transcendente, por onde eu exploro as cores e as texturas das diferentes nuances da terra, seus minerais, suas granulações, seus substratos, de uma forma profundamente sensorial.

A manipulação dos elementos naturais, tornou-se para meu processo artístico, um rito intenso e visceral.

Percebo a intenção de ressignificar tais elementos explorados pelo tempo, pelo silêncio milenar das entranhas da “Mãe Terra”e trazê-los enaltecidos, tornando-os protagonistas, com a proposta de eternizá-los em nossas retinas como um reverenciamento às suas grandezas.

Através desse mergulho sensorial, proponho pelo artivismo, um convite a se formar uma corrente de despertamento coletivo.

Pela ótica da contemporaneidade, trazer a natureza para o nosso constante olhar, como apelo ao ser pensante e inteligente, o Homem, como corresponsável a interferir positivamente a favor do planeta.

Formar uma consciência coletiva defensora e protetora de nossas riquezas, nossos potenciais essenciais para a vida, aproximando cada vez mais o Homem do seu universo circundante, fazendo-nos relembrar de sua grandiosidade e da nossa eterna dependência de sua essência, como uma busca libertadora da relação entre Homem, Natureza, Universo.

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